No entanto, enquanto isso não acontece, os mais variados boatos surgiram na tarde de ontem. Tinha prefeito da Grande Vitória, aliado do governador, espalhando para os quatro cantos do mundo que Hartung não seria candidato e que deixaria o governo. Dizia que o peemedebista iria sair da disputa, lançar o prefeito de Vitória, João Coser (PT), para o Palácio, o seu vice, Ricardo Ferraço (PMDB), para o Senado. Em 2012 ele disputaria o atual cargo ocupado pelo petista. Pasmem! Mas era isso que estavam espalhando.
Uma reunião estava prevista para acontecer na residência de Coser, para poucos convidados, a partir das 19 horas de ontem. Todas as movimentações eram tratadas nos bastidores. Ninguém falava muito e nem dava detalhe algum sobre nada. Como é típico do perfil de Hartung, o suspense será mantido até as 10 horas. E ele pode nem anunciar nada. Não me surpreenderia.
O fato é que sua gestão ia muito bem até que o problema dos presídios capixabas virou destaque internacional. Para completar, a Emenda Ibsen surge ameaçando trazer um rombo de mais de R$ 440 milhões anuais para os cofres públicos do Estado.
Não bastasse esses dois desgastes institucionais, o jornal A Gazeta trouxe uma pesquisa mostrando o virtual pré-candidato do governador ao Palácio Anchieta, Ferraço, empatado com o deputado federal Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) na capital do Estado. Até então, apenas a possível pré-candidatura do senador Renato Casagrande (PSB) era vista como uma ameaça para os planos dos peemedebistas.
A região metropolitana concentra cerca de 50% dos votos do Estado e Ferraço já obteve o apoio declarado dos sete prefeitos que a compõem. E cadê o efeito? Outra questão que preocupa também o grupo palaciano é uma pesquisa que deverá ser publicada por um jornal de grande circulação no próximo domingo. Deverá mostrar que o vice-governador e Casagrande estão empatados tecnicamente.
Mas se Luiz Paulo e Casagrande empatam com Ferraço mesmo ele tendo a máquina na mão, é sinal que algo está errado. É aí que acendeu a luz amarela no Palácio e as especulações correram solta na tarde de ontem. Na política é assim, as coisas mudam como as nuvens do céu. Você olha uma vez e está de uma forma. Olha outra e já mudou. Vamos aguardar e ver no que vai dar. Esta sexta-feira promete ser quente!
- Mudança de hábito I. Realmente havia algo de diferente no mercado político ontem. Na Serra, Hartung rasgou elogios ao seu ex-adversário e prefeito da cidade, Sérgio Vidigal (PDT), e ainda disse que vai apoiá-lo em sua candidatura a governador, em 2014.
- Mudança de hábito II. Petistas presentes torceram o nariz. Não gostaram de jeito nenhum. Afirmam que o acordo é dar apoio ao Coser na próxima disputa ao Palácio.
- Extra. Excepcionalmente, neste sábado eu irei atualizar o blog Política e Poder. Trago fotos e fatos exclusivos do evento no Palácio Anchieta. Aguardem!
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Acabei de ler na página do UOL que Hartung ficará até o final do mandado não saindo candidato ao senado.
ResponderExcluirNão entendo muito bem a lógica. Tudo bem que se trantando de PH quem entende? A despeito de tudo ele manda muito bem no xadrez eleitoral que monta, mas, parece que esse tabuleiro muito bem planejado comecou a se desfazer na última eleição municipal, vários aliados do Gov. ficaram a ver navios.
O fato de ficar até o final do mandado trás dois lados um positivo e outro negativo.
Em tese ajudaria a candidatura de Ferraço já que deixaria o mercado político ainda preso e temeroso das retaliações do Gov, por outro lado prejudica a campanha do Ferraço no sentido de que ele não receberá atenção total da mídia e não poderia participar de várias inaugurações (correto???).
E afinal o homem vai fazer o que dá vida depois que acabar seu governo? Será que está apostando alto nas possibilidades de ser ministro? ou vai se contentar em ser secretário do futuro governo estadual?
E a vaga em aberto para o senado como fica?
Vai Camata? Vai a outra Camata, a Rita? Vai o Guerino? Vai outro?
Como assim apoia Vidigal ao governo em 2014? Não era a vez de Coser? Que nó hein.
Só espero que a decisão do gov não influa negativamente na polaridade de candidatos ao Palácio Anchieta.