sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Casagrande e os bastidores

Casagrande Ele nasceu em Castelo, mas parece que pegou mesmo foi o jeito dos mineiros quando cursou Engenharia Florestal em Viçosa (MG). É quetinho pelos bastidores que o senador Renato Casagrande (PSB) fortalece sua musculatura eleitoral pelo Estado para tentar chegar ao Palácio Anchieta este ano.

Com o projeto "Lado a Lado com o Senado" (ou com o eleitor), o socialista tem feito reuniões por todo o Espírito Santo para ouvir as demandas da população, seja para que elas ecoem no Congresso ou o ajudem em suas propostas de campanha.

Nos giros que tem dado pelo interior, aproveita para visitar empresas com até 500 funcionários, o que pode render, e muito, nas urnas. Isso porque ele diz que ainda não é candidato, imagina se fosse.

Em Cachoeiro de Itapemirim, o senador socialista se reuniu esta semana com vereadores, lideranças sociais e com o prefeito Carlos Casteglione (PT). Lá, o petista é adversário do deputado estadual Theodorico Ferraço (DEM), que também é pai do vice-governador Ricardo Ferraço (PMDB), que poderá ser seu principal rival nas eleições.

Assim como na esfera nacional, com as pretensões do deputado federal Ciro Gomes (PSB) de concorrer à Presidência da República, no Estado também há uma pressão para que o PSB não lance candidatura própria ao governo. "Para a democracia é importante que o PSB viabilize a candidatura de Ciro Gomes à Presidência. Mais uma alternativa para o povo brasileiro", disse o senador em seu Twitter. E para o Espírito Santo, ele pensa diferente?

Se os socialistas forem mesmo para o embate eleitoral, isso só deverá ser oficializado em março. “Nós acertamos isso com o presidente Lula, numa reunião realizada em setembro [de 2009]”, disse Casagrande, que também é secretário-geral da Executiva nacional do PSB, ao blog do Josias de Souza ontem.

Enquanto isso, os prefeitos do interior e demais liderança aproveitam para tirar proveito de acordos com diversos grupos que passam cortejando seus apoios para o pleito deste ano.

  • Cuidados. Os prefeitos devem começar a preparar os substitutos dos secretários que irão disputar as eleições deste ano. Já estão no aperto com as finanças, sem um quadro competente a coisa pode piorar.
  • Vila Velha. Na cidade comandada por Neucimar Fraga (PR), as mudanças deverão ser muitas. E há setores da sociedade torcendo para que seja a reforma de secretariado mais abrangente possível.
  • Vitória. Na capital, o número de secretários que deverão deixar o governo não são poucos também. Alguns deles já estão treinando seus sucessores.

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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Tucanos afiam os bicos para atacar em 2010

Max, LP e Colnago O ninho tucano no Espírito Santo está agitadíssimo nestes últimos dias. Após voltar de uns dias de folga nos Lençóis Maranhenses e de curtir um show do É o Tchan, em Conceição da Barra, o deputado federal e pré-candidato ao governo do Estado Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) reuniu o deputado estadual César Colnago (PSDB) e o ex-prefeito de Vila Velha Max Filho (PTB) em sua residência para traçar as estratégias eleitorais do partido.

"Quem apostar ou espalhar que não teremos uma chapa forte para deputado federal vai quebrar a cara. César Colnago e Max Filho estarão entre os mais votados para a Câmara Federal", declarou Luiz Paulo. Isso porque não é a primeira vez que surgem boatos de que o deputado estadual irá tentar a reeleição.

Tais boatos têm irritado Colnago, que não perde a oportunidade de atacar a gestão atrapalhada do prefeito de Vitória, João Coser (PT). O petista, por sua vez, coordena a pré-campanha do vice-governador Ricardo Ferraço (PMDB) ao governo.

"Superada pelos fatos, a campanha de descrédito em relação à minha candidatura ao governo do Estado, a boataria agora se dedica a desqualificar a nossa chapa proporcional. A frente liderada pelo PSDB no Espírito Santo terá chapa completa: presidente da república, governador, senadores, deputados federais e estaduais. Isso todos podem apostar!”, afirmou Luiz Paulo.

Algumas lideranças tucanas acreditam que, a partir de abril, quando Ferraço assumir o Palácio Anchieta e o governador Paulo Hartung (PMDB) sair para disputar o Senado, os tucanos não pouparão críticas ao vice, pois argumentam que será um novo governo.

Os Max já estão preparando seus discursos. Já os tucanos, vão adotar dois tipos de postura. Pregarão que fizeram parte da gestão Hartung, bem avaliada, e não irão perdoar as falhas do governo, as direcionando para Ferraço. Vale lembrar ainda que o senador Renato Casagrande (PSB) também deverá se unir com críticas. O objetivo do PSDB e PSB é levar a disputa para o segundo turno. Se der certo, se unirão no segundo embate.

  • Escorregou. E por falar em Ferraço, ao twittar ontem, o peemedebista esqueceu da nova grafia do nome do secretário de Estado da Saúde, Anselmo Tozi, e escreveu "Toze". Na postagem seguinte escreveu certo.
  • Português I. Começa no próximo dia 1º as matrículas para o curso de "Língua Portuguesa e Técnicas de Redação" para juízes e desembargadores do Judiciário capixaba, que serve para "fins de promoção dos magistrados."
  • Português II. Espero que, com este curso, tenhamos sentenças com uma linguagem mais clara e acessível para a população, além de encontrarmos menos erros gramaticais no Diário da Justiça.

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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O novo secretariado de Hartung

Paulo LemosEA saída (atrasada) do ex-prefeito de Ibitirama Paulo Lemos (foto) do comando do Detran, devido às suas infelizes declarações sobre sua coleção de infrações no trânsito, reforça ainda mais a necessidade de uma composição mais técnica do que política do novo secretariado que ficará no governo a partir de abril, quando o governador Paulo Hartung (PMDB) deverá deixar o Palácio Anchieta para disputar o Senado.

Segundo algumas lideranças ligadas ao peemedebista, na indicação dos novos nomes que substituirão parte do primeiro escalão, que sairá para disputar as eleições, será priorizado a eficiência técnica. "Não haverá espaço para indicação que abra espaço político", observa uma raposa. Ou que abra espaço para possíveis deslizes como o de Lemos.

O desgaste que o ex-prefeito trouxe para o governo seria muito mais prejudicial em meio ao conflito eleitoral, gerando munição para a oposição. No entanto, nada no setor público é só técnico ou só político. Por mais técnico que um quadro possa ser, ele tem de ter malícia para conviver com as diferenças, principalmente com as diversas entidades representativas, como sindicatos e movimentos sociais, que são de suma importância nas urnas. O que o grupo palaciano não quer ver em suas relações com elas são atritos e desentendimentos.

"O que vai prevalecer é a boa técnica e a boa política. Só a técnica fica arrogante. Todo aquele que está em função pública e não faz uma boa política, dá um tiro no pé, ainda mais em ano eleitoral, que exige mais eficiência", observa um integrante do primeiro escalão do governo.

Agora é aguardar para ver de onde o governo irá tirar tantos quadros de confiança (podem chegar a oito) para substituir os que são pré-candidatos. As escolhas deverão ser bem acertadas, pois áreas como a de segurança, já tem críticas na ponta da língua da oposição.

  • Cautela I. Para saber como pode ser a formação desse novo secretariado, procurei o vice-governador Ricardo Ferraço (PMDB), que é quem deverá comandar o Estado a partir de abril, mas como Hartung ainda não anunciou oficialmente que sairá, ele manteve cautela ao tratar do assunto.
  • Cautela II. "É uma tendência (a saída), mas é difícil falar em cima de hipóteses. No íntimo, já estou pensando (no secretariado), mas seria arrogante falar sobre isso. Tem de esperar o tempo certo", disse Ferraço.
  • Campanha. A equipe da marqueteira Beth Rodrigues, que na eleição de 2006 fez a campanha de Hartung e do senador Renato Casagrande (PSB), até o ano passado estava com o socialista, mas tudo indica que ela trabalhará para o grupo palaciano novamente este ano.

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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

O time verde

quadro_tactico_futebol Como derrotar políticos de peso como a deputada federal Rita Camata (PSDB) e o senador Magno Malta (PR), sem contar nem mesmo com uma coligação que tenha grandes partidos e ainda conseguir votos suficientes para chegar ao Senado? Essa é resposta que o presidente do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), Guerino Balestrassi (PV), tenta responder nesta segunda parte de sua entrevista para o blog.

O time verde escalado por Balestrassi entrará em campo apenas para disputar as cadeiras da Câmara dos Deputados. Já o Sub-17 (leia-se Assembleia Legislativa), será comandado pela presidente estadual do PV, Cidineia Fontana, que já tem dois nomes: Claudio Thiago (presidente do Idurb-ES) e Sandro Locutor (ex-vereador de Cariacica).

Para Balestrassi, seu grande dificultador será o pequeno tempo de TV que sua coligação deverá ter. Nas urnas, ele aposta em lideranças que estão sem mandato, mas só os eletivos, pois a maioria desfruta de bons cargos. Hora de conhecer os jogadores.

Entre eles estão alguns já conhecidos: José Carlos Lyrio Rocha scardua (presidente do Banestes Seguros), Evair Melo (presidente do Incaper), João Felício Scárdua (superintendente do Sebrae) e Ademir Cardoso (ex-vice-prefeito de Vitória).

Entre os novos escalados estão Edson Bastos (presidente do Sindirodoviários) e Ângela Abdo (presidente da ABRH-ES). O presidente do Bandes conta que os rodoviários estão trabalhando para ter 30 mil votos. “Contabilizo 10 candidatos de 10 mil votos cada para deputado federal”, calcula ele.

As estratégias de Ângela se assemelham com as da pré-candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, que tem reunido a hi-society nos salões da alta-roda paulistana, como mostrou a revista Poder Joyce Pascowitch, no mês passado.

Ângela, em um dos encontros promovidos em sua casa, reniu cerca de 400 lideranças. Balestrassi está contando ainda que terá votos do PT e PSDB, pois Marina não está polarizada como os candidatos nacionais das duas siglas. E é com esses planos que ele acredita que chegará ao Senado ao lado do governador Paulo Hartung (PMDB).

  • Eleição. Por mais que o governo diga que prioriza cargos técnicos, a nomeação de Paulo Lemos para o Detran, como muito se comentou nos bastidores, foi uma “ajudinha” para ele tentar se eleger novamente em 2010.
  • Cotado. Hartung deverá acertar na indicação, segundo lideranças, se puder colocar o delegado Fabino Contarato no cargo deixado por Lemos. Mas antes tem de se observar os dispositivos legais.
  • Infeliz. Não pegou bem para o vereador de Vila Velha João botao_tuitaBatista Babá (PT) dizer que o Twicontro vai desenbocar em uma ONG, sindicato ou partido. Estaria ele com medo de dividir os rios de dinheiro que o governo federal (leia-se PT) repassa para ONGs, sindicatos e partidos? Deveria conhecer melhor antes de falar sem saber.

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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

PV pode ter laranja no ES

bandes_1379 O presidente do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), Guerino Balestrassi (PV), encontra dificuldades para fechar uma coligação forte que o leve ao Senado Federal nas eleições deste ano. Cheio de estratégias, não descarta o lançamento de um candidato laranja ao governo.

Na última sexta-feira, o verde, que deverá fechar com PCdoB e PHS, me recebeu em seu gabinete, onde batemos um papo sobre sua situação na atual conjuntura e também sobre como andam suas estratégias.

“Eu venho (candidato) para o Senado”, conta ele, lembrando que cada chapa majoritária caberá apenas dois postulantes ao cargo. Deverão entrar na disputa o governador Paulo Hartung (PMDB), o senador Magno Malta (PR) e a deputada federal Rita Camata (PSDB).

Balestrassi apoia o nome do vice-governador Ricardo Ferraço (PMDB) para a sucessão de Hartung, mas na chapa do peemedebista só cabem dois candidatos ao Senado. Um deverá ser o governador e o outro Malta (por indicação do PR e PDT).

Sobra então as candidaturas ao governo do senador Renato Casagrande (PSB) e do deputado federal Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) para terem seus candidatos ao Senado. “Aí não posso porque é complicado. Se precisar, tasco um laranja para governador”, argumenta o presidente do Bandes, que garante que sairá em uma dobradinha informal com o governador.

“O que vai aliar a minha candidatura ao Hartung é o fato dele não pedir voto para o Malta. Isso mostra que ele quer a mim e estou na agenda do governador até março”, ressalta o verde.

Ex-presidente da Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes) e ex-prefeito de Colatina, o presidente do Bandes, como um técnico de futebol, tem escalado seu time, que pode dar bons resultados nas urnas. Os “jogadores” vocês conhecerão na segunda parte desta entrevista com ele, aqui no blog, amanhã. Até lá, deixem seus comentários logo abaixo.

  • TwicontroES. O encontro de twitteiros no último sábado, em TC JOVEM Vila Velha, foi muito bom. Principalmente para estreitar as relações deste blog com a equipe da Transparência Capixaba Jovem (Rodrigo Rossoni e Ricardo Aguilar), que sempre terá espaço aqui para suas campanhas.
  • Absurdo I. Não poderia deixar de comentar o absurdo que vem acontecendo no Detran, com o caso do ex-prefeito de Ibitirama e diretor do órgão, Paulo Lemos, que demitiu um servidor por dizer a verdade e ainda mudou o sistema de informações via telefone para a população para omitir suas multas de trânsito.
  • Absurdo II. Agora é esperar para ver se o Conselho de Ética Pública do Estado dará uma resosta na medida do problema. O julgamento do caso acontece hoje, quando Lemos também será ouvido pelos conselheiros.
  • No bar. Estava em Guarapari neste final de semana, quando comemora220907E me sentei, sem querer, ao lado de uma mesa onde estava o prefeito de minha terra natal, Guaçuí, Vagner Rodrigues (PMDB). Dentre os casos que ele contava em alto e bom som, trago apenas uma frase: “Não quero dizer que eu sou santo não.”

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