sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Hartung, o maquinista

O bombástico presidente nacional do PTB, o deputado federal cassado Roberto Jefferson, chega a Vitória na próxima segunda-feira para filiar o ex-prefeito de Vila Velha Max Filho e seu pai, o ex-governador Max Mauro, em seu partido. Ele me concedeu uma entrevista exclusiva e falou de sua visão a respeito do cenário político capixaba para as eleições de 2010.

Jefferson disse que o partido apoiará a pré-candidatura do deputado federal Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) porque o “trem” do governador Paulo Hartung (PMDB) já está muito cheio. Confira e opine!

Fernando Mendes – Na última vez que o senhor esteve aqui, o senhor defendeu que o partido caminhasse com o pré-candidato ao governo do Estado e deputado federal Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) em 2010. Mantém a mesma orientação?

Roberto Jefferson – Estamos reconstruindo o partido no Estado e o melhor caminho para nós é o Luiz Paulo. Eu penso que nesse trem do governador já tem muita gente. E toda unanimidade é burra, como já dizia Nelson Rodrigues. Não é possível que o Espírito Santo inteiro seja Paulo Hartung. Isso não existe e nem o presidente Lula (PT) consegue isso. Não é o Hartung que vai conseguir isso.

Como está tão lotado esse trem dele, só quero os votos que não são do grupo dele. Não quero oposição. Quero trabalhar com o PTB um caminho de pedir os votos que não são os votos do grupo do governador, que é muito grande. Vai sobrar voto para a turma que não é dele.

Fernando Mendes – Então, o senhor acredita que há espaço para outras candidaturas e não uma única?

Roberto Jefferson – É claro. Vamos por outro caminho e a performance do PTB vai ser muito melhor. Muito melhor! Não tenho nada contra o Paulo Hartung. Tenho até muita simpatia por ele. Penso que ele tem sido um bom governador. Mas tem de ter um caminho novo. Não pode ser essa coisa tipo Venezuela: ou está comigo ou está contra mim. É um negócio pesado. Não tenho nada contra e queremos caminhar sem ele. Um caminho novo, independente. O Luiz Paulo está bom, é um caminho bom.

Fernando Mendes – Como tem sido as conversas com a presidente regional do partido, Marília Belotti?

Roberto Jefferson – Tenho dado a orientação para a Marília que não dá (para seguir com o grupo de Hartung). É muita gente. Vamos só nós mesmo. Não estou querendo coligar para chapa proporcional, porque ela está montando uma boa relação de nomes. Vamos disputar nós mesmos para estadual e federal, sem coligar com ninguém.

Fernando Mendes – Quer dizer que o PTB vai sozinho para a disputa pelas cadeiras da Assembleia Legislativa e da a Câmara dos Deputados?

Roberto Jefferson – É. Vamos fazer dois ou três deputados estaduais, no máximo, e um federal. Acredito que dá para ir sozinho, pois temos bons nomes. Na hora que tivermos esta posição clara e as pessoas tiverem segurança que o PTB não vai com o governador Paulo Hartung, quem é oposição vai disputar a eleição pelo PTB.

Fernando Mendes – No plano nacional o partido vai caminhar com quem?

Roberto Jefferson – Com o Lula nós não vamos. Com o PT não vamos. Vamos aguardar porque eu não sei se o candidato do PSDB é o governador José Serra (SP) ou o governador Aécio Neves (MG). Com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), você pode ter certeza que nós não vamos.

Fernando Mendes – Como o senhor avalia a entrada do ex-prefeito de Vila Velha Max Filho e de seu pai, o ex-governador Max Mauro, no PTB para as eleições de 2010?

Roberto Jefferson – Vejo com muita satisfação. Eles já foram meus companheiros de partido e fico muito feliz com o regresso deles ao PTB. Vou pedir aos Max que façam um discurso moderado para não acirrar ânimos. Esse não é o meu negócio. Não quero ódio. Sem fazer uma campanha violenta.

Fernando Mendes – A saída dos quatro deputados estaduais (Marcelo Santos, Rafael Favatto, Eustáquio de Freitas e Luzia Toledo) do partido atrapalha em algo nesse processo?

Roberto Jefferson – É muito melhor para nós, pois eles já têm a trajetória deles. Vêm de um vínculo muito forte com o governador. É melhor para eles e é melhor para nós. Vamos ficar com a chapa limpa e poderemos fazer dois ou três deputados estaduais, ligados a nós.

Desse grupo que sai, não tem nenhum ligado a nós. Era todo mundo ligado a aquele Marcus Vicente (secretário de Estado do Turismo). Fico feliz e quero que eles sejam felizes em seus destinos. Nós, do PTB, vamos caminhar no nosso caminho. Essa orientação eu já venho dando há muito tempo. Não temos de pedir a cassação de ninguém. Quem quiser sair, pode sair.


  • Nomes. O PTB deverá apostar no ex-governador Max Mauro (Grande Vitória) e no ex-prefeito de Linhares José Carlos Elias (Norte), além de um outro nome que deverá vir do Sul para a disputa estadual.
  • Brasília. Já para a cadeira que o partido pretende ocupar na Câmara dos Deputados o PTB lançará o ex-prefeito de Vila Velha Max Filho.
  • Caparaó. O partido bem que gostaria de ver a ex-deputada Fátima Couzi de volta à disputa, mas ela não quer saber disso, por enquanto. Mas não quer dizer que está afastada das negociações políticas, principalmente em Guaçuí.
  • Grato. Quero agradecer a todos que têm acessado a coluna aqui no blog e divulgado seu endereço por aí. Tenho recebido muitos elogios e os acessos não param de crescer. No último dia 9, o aumento no número de visitas foi de 300%. Valeu!
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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

As aparências enganam

Em busca da sobrevivência e evitando o isolamento político, os prefeitos do interior vêm declarando apoio ao nome do vice-governador Ricardo Ferraço para sucessão do governador Paulo Hartung, ambos do PMDB. Pelo menos é o que ficou evidente no encontro que reuniu 12 deles em Barra de São Francisco (foto), região Noroeste do Estado, no último sábado.

Após o lançamento do movimento Avança ES, de apoio a Ricardo, os chefes dos Executivos municipais se reuniram para avaliar os próximos passos. Depois de ouvirem o discurso do vice e de um debate sobre o cenário atual, avaliaram que há uma grande possibilidade do jogo inverter lá na frente.

A inversão poderá beneficiar as candidaturas do deputado federal Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) ou do senador Renato Casagrande (PSB), mas só em 2010. Mas a tática do momento é parecer que apóia Ricardo, para evitar que as torneiras de verbas do governo se fechem como aconteceu com Vila Velha nos últimos oito anos.

Nesta quarta-feira Casagrande voltou a falar como candidato nos programas do PSB na TV e exibiu imagens suas ao lado do prefeito de Vitória, João Coser (PT), coordenador da pré-campanha de Ricardo. O que não tem agradado os peemedebistas, como mostra a matéria de Vitor Vogas, no jornal A Gazeta desta quinta.

O socialista está se articulando, se movimentando, mas no próximo dia 21, poderá sofrer um golpe que fortalecerá as pressões palacianas: a transferência do domicílio eleitoral do deputado federal Ciro Gomes para o Estado de São Paulo. Isso pode derrubar o argumento do PSB de que a candidatura do cearense à Presidência da República forçava a entrada do capixaba na disputa pelo governo. Irão precisar de um novo argumento.

E por conta de todas as incertezas possíveis, devido ao antecipado momento em que estão se discutindo os nomes para as eleições e não os projetos para o Estado, os prefeitos preferem seguir "dizendo" que apóiam Ricardo, para garantir as parcerias com o governo. Até porque, as quedas das receitas não os deixam em condições de escolher.

Mas em 2010, a legislação eleitoral torna um pouco mais difícil este isolamento político, com algumas restrições administrativas. Hartung não estará mais no Palácio Anchieta. Ricardo estará no comando, mas por apenas seis meses antes do pleito. Aí os prefeitos poderão abrir o jogo. Até lá o vice corre para se viabilizar no interior, com o apoio de diversos caciques da região Metropolitana.

  • Estratégia. Nos próximos dias o vice-governador Ricardo Ferraço (PMDB) deverá reunir a classe empresarial em um movimento de apoio ao seu nome para o governo. Na tarde desta quinta-feira, anuncia a redução da taxa de juros para o microcrédito como governador em exercício.
  • Pegou mal. A maioria dos deputados estaduais acredita que a condenação da colega de plenário, Janete de Sá (PMN), mancha a imagem da Casa. Prejudicando, inclusive, a credibilidade de todos nas eleições do ano que vem.
  • Vaga garantida. É dada como certa na região do Caparaó a eleição de Lourenço Moulin (PV) para a Assembleia Legislativa. Ele é filho do ex-prefeito de Guaçuí e diretor de Administração e Meio Ambiente da Cesan, Luiz Moulin.
  • Novato. Jovem e servidor do Tribunal de Justiça, ele tem boa aceitação na região e pode dar uma pernada em alguns veteranos que têm rodeado aqueles colégios eleitorais.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A campanha de Casagrande



Embora evite falar abertamente sobre sua pré-candidatura ao governo do Estado em 2010, o senador Renato Casagrande (PSB) aparece no programa do partido que está na TV falando da terra natal de seu principal adversário e com críticas à atual gestão, que sinaliza apoio ao nome do vice-governador Ricardo Ferraço (PMDB). Parece mais propaganda eleitoral.

De Cachoeiro de Itapemirim, o socialista diz que não é possível haver desenvolvimento no Espírito Santo sem saúde, educação e segurança. Manda um recado direto para o governador Paulo Hartung (PMDB), no melhor estilo "é possível criticá-lo." Coisa que é quase impossível nesse Estado.

O programa do partido parece até mesmo uma resposta à pressão que o Palácio Anchieta tem feito em cima das lideranças socialistas - prefeitos e deputados - para que declarem apoio a Ricardo. O que está funcionando, mas em parte.

Enquanto o líder do PSB na Assembleia Legislativa, deputado estadual Luciano Pereira, prega que Casagrande deve ficar no Senado e que Ricardo representa a sucessão de Hartung, na Câmara dos Deputados a história é bem diferente.

Parece que ninguém segura o deputado federal Capitão Assumção (PSB). Sentado na cadeira que era do prefeito de Vila Velha e um dos principais aliados de Ricardo, Neucimar Fraga (PR), o socialista, que é o campeão de discursos na bancada federal, não mede as palavras ao falar do grupo palaciano, chamando Hartung até mesmo de "torturador."

Enquanto isso, o PSB ignora suas lideranças infiéis, que na verdade buscam uma expulsão em busca de novos partidos. O que não deverá ocorrer. Deverão ficar presos à sigla e encontrarão dificuldades em seus planos futuros.

Mas Casagrande bem que poderia falar sobre o assunto e defender seu projeto de forma direta. Sempre evita a imprensa quando o assunto é eleição. Mas nos bastidores continua com seu jogo, como se ninguém soubesse.

E diante de todas essas movimentações, quem perde mais uma vez é a sociedade e a democracia, que são obrigadas a ficar vendo esse debate em torno do nome de pessoas e nada de um projeto ser apresentado e discutido de forma saudável. Essa é a política brasileira.

  • Desafio. O advogado João de Deus Alochio, que defende a deputada Janete de Sá (PMN), que perdeu seu mandato na Justiça, terá uma grande desafio em provar que ela não cometeu atos de improbidade administrativa.
  • Confissão. Isso porque os assessores da parlamentar confessaram que compraram e beberam cervejas enquanto estavam no carro oficial da Casa. Ela também disse à Justiça que colocou gasolina com dinheiro público em uma Kombi de sua propriedade.
  • Prejuízo. O caso todo deverá trazer graves danos aos planos do PMN para as eleições de 2010. A começar pelo conflito interno que já acontece pelo comando do partido a frente do debate.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A condenação de Janete

A sentença da Justiça contra a presidente regional do PMN e deputada estadual Janete de Sá por ato de improbidade administrativa não se limitou a condenar apenas a parlamentar, mas também seu partido, os planos de seus filiados para as eleições de 2010 e ainda seus 29 colegas de plenário na Assembleia Legislativa.

Após ser flagrada em 2006 pelo juiz Grécio Nogueira Grégio com o carro oficial da Casa, com assessores, comprando e ingerindo cerveja em um posto de combustível, além de todos terem recebido diárias alegando que estariam em missão parlamentar, Janete teve a perda do mandato decretada, vai ter de desembolsar cerca de R$ 700 mil de multa e indenização e ficará inelegível por um prazo de oito anos. Se junta a isso o fato de já estar com R$ 50 mil de seus bens bloqueados.

Ok. Mas tudo isso, tirando o bloqueio de seus bens, só acontecerá após não haver mais como ela recorrer, ou seja, quando transitar em julgado. E como no Brasil a Justiça não é nada ágil e para melhorar existem os mais diversos mecanismos para se protelar um processo desses, essa condenação está muito longe de acontecer de fato.

Mas o ato simbólico de ser declarada culpada pode trazer condenações diversas para sua vida política. Tudo começa com um dos fundadores da sigla e vice-presidente da Executiva nacional, Carlito Ozório, que já se movimenta para tirar Janete do comando do PMN no Estado. Ele quer comandar as negociações para as eleições do ano que vem.

Carlito sustentará junto ao comando nacional o fato da deputada ter sido condenada pela Justiça e também o de não cumprir com um compromisso assumido quando lhe foi passada a direção do partido, que era para trabalhar e se eleger deputada federal.

Isso porque o PMN em todo o País está se esforçando para fazer um mínimo de 10 cadeiras na Câmara dos Deputados, caso contrário, pode perder os repasses do fundo partidário, tempo na TV e rádio, entre outras coisas, pois voltaria a ser um partido provisório.

Janete, no entanto, não está disposta a arriscar e vai para a disputa pela reeleição em 2010. Sobre o candidato do PMN à Câmara, ela aguarda uma "estrela" que o governador Paulo Hartung (PMDB) lhe prometeu. Mas diante dos novos fatos, pode ser que o partido passe longe de qualquer constelação, ficando até mesmo isolado no processo.

Na sentença que condenou Janete, há muitos deslizes. Ela e seus assessores negam tudo, mas nada provam. Ao mesmo tempo em que falam em imprevistos, dizem que existiram avisos prévios, como convites para eventos, mas não apresentaram um à Justiça.

E essas contas, ela não paga sozinha, pois atinge todo o Legislativo estadual, que já está calejado de tantos escândalos. Isso prejudica não só a imagem dela, mas também a de todos aqueles que vêm se esforçando para ter alguma credibilidade diante da sociedade. E até o magistrado constatou tal fato, tanto que a indenização no valor de R$ 100 mil que ela terá de pagar, é como se fosse por dano moral ao Estado. Vejam o que escreveu o magistrado:

"Afigura-se patente ocorrência de lesão à honra do Espírito Santo, porquanto as condutas ímprobas refletem na sociedade a imagem da Assembleia Legislativa como instituição controlada por agentes públicos que visam apenas à satisfação de interesses pessoais, em completa ausência de zelo para com os benefícios públicos que se encontram à sua disposição", diz um trecho da sentença.

E ele não está errado, infelizmente. Na próxima quarta-feira ocorrerá a primeira sessão depois do ocorrido. Pelo o que conheço da Assembleia, ninguém tocará no assunto, a não ser quando provocado pela imprensa. Mesmo assim muitos ainda vão se esquivar. E é com essa omissão que eles poderão pagar seus preços nas urnas.


  • Império. Neste domingo conversava com um capixaba que presta serviço para o governo do Mato Grosso e vive por lá. É impressionante como o clima de Império ainda reina por aquelas terras, principalmente vindo dos prefeitos.
  • Tupiniquim. Algumas atitudes dos índios da região também assustam. Roubam carros e tratores e os levam para dentro de suas reservas, onde ninguém entra para recuperá-los. Como só a Polícia Federal pode agir contra eles, fazem o que querem e o que não querem com os policiais militares e civis.
  • Paixão. O senador Delcídio Amaral (PT-MS) e o vereador da Serra Professor Roberto Carlos (PT) têm algo mais em comum, além do partido. O gosto pelo basquete. Ambos deram o resultado da Copa América pelo Twitter no mesmo minuto: Brasil 61 X 60 Porto Rico.
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domingo, 6 de setembro de 2009

Lula e Hartung

Não sei porque, mas acordei neste domingo de tempo esplendoroso, sol brilhante e um calor suportável, pensando nas semelhanças do cenário eleitoral no Espírito Santo e no Brasil. Vamos começar pensando de cima para baixo, sobre o presidente Lula (PT) e o governador Paulo Hartung (PMDB).

Os dois esbanjam popularidade e têm a maioria dos partidos em suas bases. Ambos também têm nas mãos os Legislativos. Nem preciso falar do presidente do Senado, José Sarney, e dos 29 dos 30 deputados estaduais. E além de tudo, querem fazer seus sucessores.

Hartung disse que iria preparar o vice-governador Ricardo Ferraço (PMDB), dando lugar de destaque para ele em seu segundo mandato, quando ficou no comando das grandes obras do governo. Com Lula não foi diferente. a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT) foi exposta de forma descabida como a mãe do PAC.

O petista e o peemedebista também têm os mesmos problemas e um deles é o PSB. Com as candidaturas do deputado federal Ciro Gomes à presidência da República e do senador Renato Casagrande (foto) ao governo do Estado. Os socialistas preocupam os dois e com legitimidade ameaçam seus planos.

Enquanto isso, Hartung diz que desconhece as pretensões de Casagrande e que tem "agulha e linha forte para costurar" uma aliança. Já Lula, tenta convencer Ciro a transferir seu domicílio eleitoral para São Paulo, oferecendo apoio para a disputa pelo governo paulista.

"Se você perguntar a mim, pessoalmente, eu não desejo, não planejo, não quero e não faria a transferência de domicílio eleitoral e nem a candidatura ao governo de São Paulo" disse Ciro, em entrevista publicada neste domingo em A Tribuna. Ele e Casagrande têm sofrido grande pressão das canetas do Executivo, mas não parecem dispostos a recuar.

Candidatura única, propostas de governo únicas, um nome e um mesmo grupo no poder. A sociedade fica sem poder debater outros projetos e também sem opções nas urnas. Perde a democracia, que foi tão difícil de ser conquistada.Pior é ver esses movimentos vindo de pessoas que lutaram para que ela fosse estabelecida.

  • Frenético. E o pré-candidato Ricardo Ferraço (PMDB) não pára. Hoje participou de um desfile em Terra Vermelha, em Vila Velha, ao lado do prefeito da cidade, Neucimar Fraga (PR). A região é muito pobre e praticamente dominada pelo tráfico de drogas.
  • Multidão. Mas nada impediu Ricardo de marcar presença como governador em exercício para 4 mil pessoas, que foram ouvir as bandas do Exército e da Marinha tocarem.
  • Montanha. Em seguida, o peemedebista foi para as montanhas, onde caminhou ao lado do secretário de Estado da Agricultura e ex-presidente do PSDB, Ricardo Santos. O pré-candidato tucano Luiz Paulo Vellozo Lucas não compareceu.