quinta-feira, 10 de setembro de 2009

As aparências enganam

Em busca da sobrevivência e evitando o isolamento político, os prefeitos do interior vêm declarando apoio ao nome do vice-governador Ricardo Ferraço para sucessão do governador Paulo Hartung, ambos do PMDB. Pelo menos é o que ficou evidente no encontro que reuniu 12 deles em Barra de São Francisco (foto), região Noroeste do Estado, no último sábado.

Após o lançamento do movimento Avança ES, de apoio a Ricardo, os chefes dos Executivos municipais se reuniram para avaliar os próximos passos. Depois de ouvirem o discurso do vice e de um debate sobre o cenário atual, avaliaram que há uma grande possibilidade do jogo inverter lá na frente.

A inversão poderá beneficiar as candidaturas do deputado federal Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) ou do senador Renato Casagrande (PSB), mas só em 2010. Mas a tática do momento é parecer que apóia Ricardo, para evitar que as torneiras de verbas do governo se fechem como aconteceu com Vila Velha nos últimos oito anos.

Nesta quarta-feira Casagrande voltou a falar como candidato nos programas do PSB na TV e exibiu imagens suas ao lado do prefeito de Vitória, João Coser (PT), coordenador da pré-campanha de Ricardo. O que não tem agradado os peemedebistas, como mostra a matéria de Vitor Vogas, no jornal A Gazeta desta quinta.

O socialista está se articulando, se movimentando, mas no próximo dia 21, poderá sofrer um golpe que fortalecerá as pressões palacianas: a transferência do domicílio eleitoral do deputado federal Ciro Gomes para o Estado de São Paulo. Isso pode derrubar o argumento do PSB de que a candidatura do cearense à Presidência da República forçava a entrada do capixaba na disputa pelo governo. Irão precisar de um novo argumento.

E por conta de todas as incertezas possíveis, devido ao antecipado momento em que estão se discutindo os nomes para as eleições e não os projetos para o Estado, os prefeitos preferem seguir "dizendo" que apóiam Ricardo, para garantir as parcerias com o governo. Até porque, as quedas das receitas não os deixam em condições de escolher.

Mas em 2010, a legislação eleitoral torna um pouco mais difícil este isolamento político, com algumas restrições administrativas. Hartung não estará mais no Palácio Anchieta. Ricardo estará no comando, mas por apenas seis meses antes do pleito. Aí os prefeitos poderão abrir o jogo. Até lá o vice corre para se viabilizar no interior, com o apoio de diversos caciques da região Metropolitana.

  • Estratégia. Nos próximos dias o vice-governador Ricardo Ferraço (PMDB) deverá reunir a classe empresarial em um movimento de apoio ao seu nome para o governo. Na tarde desta quinta-feira, anuncia a redução da taxa de juros para o microcrédito como governador em exercício.
  • Pegou mal. A maioria dos deputados estaduais acredita que a condenação da colega de plenário, Janete de Sá (PMN), mancha a imagem da Casa. Prejudicando, inclusive, a credibilidade de todos nas eleições do ano que vem.
  • Vaga garantida. É dada como certa na região do Caparaó a eleição de Lourenço Moulin (PV) para a Assembleia Legislativa. Ele é filho do ex-prefeito de Guaçuí e diretor de Administração e Meio Ambiente da Cesan, Luiz Moulin.
  • Novato. Jovem e servidor do Tribunal de Justiça, ele tem boa aceitação na região e pode dar uma pernada em alguns veteranos que têm rodeado aqueles colégios eleitorais.

4 comentários:

  1. sem dúvida alguma o lourenço será o melhor representante para nós da região do caparao.

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  2. Nada a ver, Lourenço não ganha nem para verdureiro!

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  3. sem dúvida o lourenço é o nosso deputado, nos aqui guaçui estamos com ele.

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