A saída (atrasada) do ex-prefeito de Ibitirama Paulo Lemos (foto) do comando do Detran, devido às suas infelizes declarações sobre sua coleção de infrações no trânsito, reforça ainda mais a necessidade de uma composição mais técnica do que política do novo secretariado que ficará no governo a partir de abril, quando o governador Paulo Hartung (PMDB) deverá deixar o Palácio Anchieta para disputar o Senado.
Segundo algumas lideranças ligadas ao peemedebista, na indicação dos novos nomes que substituirão parte do primeiro escalão, que sairá para disputar as eleições, será priorizado a eficiência técnica. "Não haverá espaço para indicação que abra espaço político", observa uma raposa. Ou que abra espaço para possíveis deslizes como o de Lemos.
O desgaste que o ex-prefeito trouxe para o governo seria muito mais prejudicial em meio ao conflito eleitoral, gerando munição para a oposição. No entanto, nada no setor público é só técnico ou só político. Por mais técnico que um quadro possa ser, ele tem de ter malícia para conviver com as diferenças, principalmente com as diversas entidades representativas, como sindicatos e movimentos sociais, que são de suma importância nas urnas. O que o grupo palaciano não quer ver em suas relações com elas são atritos e desentendimentos.
"O que vai prevalecer é a boa técnica e a boa política. Só a técnica fica arrogante. Todo aquele que está em função pública e não faz uma boa política, dá um tiro no pé, ainda mais em ano eleitoral, que exige mais eficiência", observa um integrante do primeiro escalão do governo.
Agora é aguardar para ver de onde o governo irá tirar tantos quadros de confiança (podem chegar a oito) para substituir os que são pré-candidatos. As escolhas deverão ser bem acertadas, pois áreas como a de segurança, já tem críticas na ponta da língua da oposição.
- Cautela I. Para saber como pode ser a formação desse novo secretariado, procurei o vice-governador Ricardo Ferraço (PMDB), que é quem deverá comandar o Estado a partir de abril, mas como Hartung ainda não anunciou oficialmente que sairá, ele manteve cautela ao tratar do assunto.
- Cautela II. "É uma tendência (a saída), mas é difícil falar em cima de hipóteses. No íntimo, já estou pensando (no secretariado), mas seria arrogante falar sobre isso. Tem de esperar o tempo certo", disse Ferraço.
- Campanha. A equipe da marqueteira Beth Rodrigues, que na eleição de 2006 fez a campanha de Hartung e do senador Renato Casagrande (PSB), até o ano passado estava com o socialista, mas tudo indica que ela trabalhará para o grupo palaciano novamente este ano.
Mande um e-mail para fernandomendes.fm@gmail.com e receba diariamente uma mensagem avisando que o Blog foi atualizado.
Siga-me no Twitter!
Nenhum comentário:
Postar um comentário