As cenas que estão sendo vistas e relatadas durante a campanha eleitoral no interior do Estado são de arrepiar. O abuso de poder econômico e político seguem normalmente como nos demais pleitos, como se fosse algo tradicional na política brasileira, em especial em um município do Sul do Espírito Santo, na região do Caparaó.
Pelo que algumas fontes me contam, comprar um vereador em cidade do interior para contar com seus serviços de cabo eleitoral tem sido mais fácil do que comprar um dropes de bala Halls na esquina.
Certo deputado federal, por exemplo, já teria comprado cinco parlamentares desta cidade, cada um deles por R$ 30 mil. Tudo para que o apóiem e o ajudem em seu projeto de reeleição este ano. Cabeças de gado também teriam entrado em outras negociações.
Outro caso que vem ocorrendo é a exigência para que os servidores públicos ocupantes de cargos comissionados tenham que frequentar eventos políticos. Geralmente as agendas são passadas pelos secretários de cada pasta nos municípios.
Em um dos casos, relata uma fonte, um secretário municipal de Saúde até passa uma lista de presença para atestar quem cumpriu sua ordem. Quem não comparece pode ser punido.
“Agora as outras secretarias também vão adotar esse sistema, que já era realizado, mas não com a obrigatoriedade de assinarem a lista de presença. Os que não comparecerem aos eventos receberá uma advertência e somando três, serão exonerados”, relata.
Casos de funcionários fantasmas então, nem me fale. São os mais comuns nesta época, quando recebem dos cofres públicos para fazerem campanha para determinados aliados de prefeitos. O problema é que além de ocupar um cargo, há relatos de pessoas que estão ocupando até mais de um, pois acumula outra nomeação no governo do Estado, inclusive em uma agência do programa Nosso Crédito.
É necessário que os órgãos de fiscalização, principalmente o Ministério Público, ajam para manter uma disputa equilibrada e sem vantagens trazidas pelo dinheiro de um candidato rico ou abuso de prefeitos e vereadores e que se valem do cargo para fazerem politicagem em épocas de eleição. O problema é que em algumas localidades, são as prefeituras que arcam com certas despesas dos promotores, como as com moradias. Sendo assim, fica difícil ter uma relação de independência.
Nota Verde
A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama) e o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) firmaram parceria com o Instituto Terra, do fotógrafo Sebastião Salgado, para ampliar o número de produtores rurais cadastrados no ProdutorES de Água.
Nesta primeira fase, 80 propriedades serão mapeadas por técnicos do Instituto Terra nas bacias dos rios Guandu e São José, dois afluentes do rio Doce. Atualmente, 17 proprietários rurais já estão sendo remunerados por preservarem áreas importantes para água nestas regiões. A meta do governo é dobrar o número de propriedades cadastradas no projeto nestas regiões.
Google nas eleições
O Google Brasil anunciou ontem um pacote de ferramentas para tornar ainda mais fácil encontrar conteúdo relevante sobre os candidatos na web. Além disso, a empresa fechou uma parceria inédita com a TV Bandeirantes, que pretende aproximar eleitores e políticos.
Pelo Google Maps, por exemplo, é possível acompanhar agenda de viagens dos candidatos e ver um histórico eleitoral por estado no Brasil. O Google Insights for Search recebeu um cruzamento de informações com o Google News. Além de acompanhar as tendências de busca sobre um determinado candidato ou assunto, é possível saber quais notícias foram publicadas durante o mesmo período. Confiram todos os detalhes em http://www.google.com.br/eleicoes2010.
Política nas Redes Sociais
A plataforma Eleitor 2010 (http://eleitor2010.com) tem recebido cada vez mais relatos de crimes eleitorais. O foco do site é no testemunho do eleitor, que pode enviar fotos, vídeos, depoimentos e áudio de denúncias. Até agora não há relatos sobre a situação do Espírito Santo. Registrem lá o que estão vendo!
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