Uma pesquisa sobre as novas mídias e as eleições, realizada pelo grupo Posicione Brasil, entre novembro de 2009 e janeiro de 2010, com jovens internautas com idade acima de 16 anos, revela boas notícias para a sociedade e outras não tão boas para os políticos com um passado obscuro. Mais uma vez o professor Eugenio Giglio enviou os dados para o blog e eu os repasso a vocês.
No que diz respeito às eleições, 59% destes jovens afirmaram achar possível ocorrer no Brasil um tipo de mobilização, pela internet, semelhante a que ajudou a eleger o presidente americano Barack Obama.
Somente 16% afirmaram não aceitar participar de mobilizações políticas pela web, enquanto 84% afirmaram que até poderiam participar de forma incondicional (24%) ou dependendo do candidato (54%). Já 6% se mobilizariam dependendo de quem estivesse na rede participando do movimento.
O histórico do político (89%) e as suas propostas (84%) foram apontados como os principais fatores definidores do voto. Em relação ao acompanhamento dos políticos na rede, 64% afirmaram que não acompanham nenhum político. Dos que acompanham, o Twitter é a ferramenta preferida (28%). Blogs, sites pessoais e Orkut ficam em segundo plano, talvez devido ao maior nível de engajamento/envolvimento necessário e menor dinamismo desses mecanismos.
Deste universo, 7% dos entrevistados, apesar de jovens e instruídos, ainda levam em consideração a aparência dos candidatos às eleições.
Quando perguntados quais os meios que utilizam com mais frequência, a Internet aparece com 83% das citações. As ferramentas mais utilizadas são: e-mail (o mais citado), MSN e Orkut. O Twitter aparece em 4º lugar, com 56% dos entrevistados afirmando que o acessam diariamente.
Foram 1.929 entrevistas online em 21 estados brasileiros. Oitenta por cento desses jovens estavam na faixa etária de 18 a 34 anos e mais de 90% tinham, no mínimo, concluído o ensino médio.
Se regionalizarmos essa faixa etária para a realidade capixaba, dados do IBGE mostram que, no Espírito Santo, a população com idade entre 16 e 34 anos hoje é de nada menos que 561.990.
A pesquisa mostrou a importância da internet para esse segmento específico da população formada de jovens e com alto grau de educação formal. Esta parcela da população representa, atualmente, um grande vetor de propagação de mensagens e tendências, atuando como “formadores de opinião”.
Os pontos mais importantes da pesquisa revelam que essa parcela do eleitorado irá analisar o passado dos candidatos, que muitas vezes circula via correntes por e-mails. É preciso se inserir nas redes sociais e interagir diretamente com esse público. Quem não dominar essas novas ferramentas de comunicação, pode ter certeza, será engolido por elas em breve.
- Naufrágio x PMDB I. O deputado estadual Marcelo Santos (PMDB), citado na denúncia do Ministério Público Federal (MPF) em um suposto esquema de nepotismo, por empregar na Assembleia Legislativa uma namorada do juiz denunciado e afastado Frederico Luis Schaider Pimentel, não precisará dar nenhuma satisfação a seu partido sobre o caso.
- Naufrágio x PMDB II. Para o presidente estadual do PMDB, deputado federal Lelo Coimbra, “foi um pedido de emprego que ele atendeu.” O dirigente disse ainda que, “como (Marcelo) não está envolvido no processo, não cabe, partidariamente fazer nada.”
- Festa. A comemoração de um ano da Transparência Capixaba Jovem, em Vila Velha, foi muito boa. Refletiu o bom trabalho que Rodrigo Rossoni vem desenvolvendo em favor da boa política juntamente com os jovens. O evento contou com a presença do professor universitário e historiador Rafael Simões.
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