Ao decidir entrar para redes como twitter, facebook e Orkut, a classe política deve lembrar que não se trata de seu gabinete ou de seu mandato. Estes espaços são para interação entre pessoas. Ao colocar um assessor para cuidar disso, é como se o perfil fosse fake, ou seja, uma ficção. As pessoas não dão credibilidade e até criticam.
Vitória recebeu ontem dois grandes especialistas em redes sociais, que apresentaram o seminário Política 2.0, promovido pela Vieira & Rosemberg, em parceria com a E-brand. João Falcão é mestre pela Harvard University (EUA) e fundados da Loops. Já Bruno Ayres é mestre em Ciência da Informação e mentor do Portal do Voluntário, com 10 anos de experiência na web com projetos de voluntariado.
As duas palestras foram muito boas e trago aqui no blog hoje as principais dicas desses profissionais sobre Política 2.0 para aqueles que querem fazer das redes sociais uma ferramenta de sucesso em suas carreiras políticas.
1 - Interação: Aderir a uma rede social é diferente de ter um site ou fazer um discurso. Tem que haver conversação, pois não é um monólogo. Os políticos devem ser maduros o suficiente para receberem críticas e opiniões contrárias às suas.
2 - Público: Não adianta achar que na web só se fala para o público jovem, ainda que ele seja a maioria. Neste espaço, os grupos estão divididos por interesses comuns e não por idade ou região. Por isso é importante observar com quem está se falando, o que está se falando e de que forma está se falando.
3 - Protagonistas: Já falei por diversas vezes aqui no blog sobre a presença de assessores na rede postando no lugar de seus chefes. Isso não funciona e rapidamente as pessoas percebem. É preciso lembrar que rede social é um espaço para interação entre pessoas e não com marcas, mandatos, gabinetes ou órgãos públicos.
4 - Honestidade: Quem optar por colocar um assessor ou uma equipe responsável pela interação nas redes sociais, é importante que isso seja explicado para o público com o qual esse político interage de forma bem clara. Quando alguém descobre sem ser avisado, se sente traído. É preciso se identificar e ser transparente, daí o internauta irá decidir se quer interagir com sua equipe ou não. Até porque, se eles descobrirem que é algo falso, vai fazer questão de divulgar para o maior número de pessoas possíveis. Assim funcionam as redes.
5 - Humildade: Talvez o ponto mais importante nas redes sociais para a classe política é saber ouvir e ter humildade para receber críticas e sugestões. É importante estar sempre aberto ao que estão falando sobre o político, sua equipe e seus projetos. Na web as pessoas estão acostumadas a debater de tudo, é como se fosse um parlamento virtual, onde todos têm vozes e são iguais. Não há diferença entre magistrados, parlamentares, garis, médicos, pescador ou artesão, assim como nas urnas não há. É um ambiente livre e deve ser usado como barômetro.
- Veteranos. Estavam presentes no seminário o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do espírito Santo Dailson Laranja (PMDB), o ex-prefeito de Cachoeiro de Itapemirim Roberto Valadão (PMDB) e o ex-comandante-geral da Polícia Militar coronel Antônio Carlos Coutinho. Todos pré-candidatos nas eleições deste ano.
- Ausência. Não se viu por lá nenhum político com mandato. A maioria dos assessores presentes eram de debutados federais. Havia ainda alguns da Assembleia Legislativa.
- Partidos. A grande presença foi dos partidos políticos, com maior participação do PMDB e PSDB. O PR também tinha representantes por lá. O Detran-ES também se fez presente no evento, pois também se falou em Gestão 2.0.
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