A reviravolta causada no meio político pelo governador Paulo Hartung (PMDB) com sua decisão de não disputar as eleições deste ano e a pesquisa divulgada no último final de semana que coloca o senador Renato Casagrande (PSB) em destaque na disputa pelo Palácio Anchieta, levou o PSB da posição de isolado para a de cobiçado nas negociações em torno da candidatura do vice-governador Ricardo Ferraço (PMDB) ao governo.
O fato é que desde o início os socialistas reclamam que nunca foram chamados para as conversas do grupo palaciano. Fizeram os acordos de cúpula e o PSB ficou de fora. Sendo assim, o partido não perdeu tempo e começou a construir uma candidatura própria, que pelo visto, ganhou um peso não esperado.
Casagrande sem declarar nem mesmo que é pré-candidato, cumprindo mandato em Brasília e ainda sem o apoio de nenhum partido, conseguiu ficar apenas a cinco pontos de diferença de Ferraço na corrida eleitoral, segundo pesquisa. Isso porque o vice tem a grande maioria dos partidos aliados e as principais lideranças políticas do Estado trabalhando a seu favor.
Mesmo sem o seu até então aliado histórico, o PT, as pombas (PSB) mostraram que sabem bater asas e voar alto. Hartung chegou a dizer que tinha “agulha e linha forte” para juntar Ferraço e Casagrande, mas não conseguiu, pelo menos até agora. E é de forma independente, sem nenhum acordo ou divisão de cargos com outros partidos que o PSB chega ao furacão que assola os aliados governistas, como uma estrela cobiçada.
Até então, PT e PDT, brigam pela indicação de um nome para ocupar a vaga de Hartung na disputa pelo Senado. Mas ambos já anunciaram que abrem mão da indicação para ter o apoio de Casagrande ao nome de Ferraço.
No entanto, o PSB, esperto como foi até agora, vai esperar passar o prazo de desincompatibilização para decidir sobre a questão. Algumas lideranças comentam que a força que os socialistas construíram tem assustado o Palácio, que se movimenta como pode para emplacar a candidatura de Ferraço.
Como diria meu amigo Trevisan, da coluna Plenário, “resumo dessa balada”: o PT abandonou o PSB e se juntou ao PMDB lá atrás. Agora precisa reconquistar os socialistas para ajudar os peemedebistas lá na frente. Isso porque enquanto uns corriam atrás de apoio de lideranças, outros foram atrás do povo, que é quem vota e elege. Ponto para quem apresentou propostas e conquistou espaço junto aos eleitores. Apostar só na transferência de votos e na máquina pública foi um erro.
- Mecânico I. E por falar em Casagrande, ontem em um almoço com jornalistas, onde conversávamos sobre o cenário político, uma colega revelou que ninguém troca pneus mais rápido que o socialista.
- Mecânico II. Há muitos anos, quando seu carro furou o pneu, conta ela, Casagrande ainda era engenheiro da Secretaria de Agricultura e passava de bicicleta na hora. Trocou numa rapidez que a impressionou.
- Exemplo. A assessoria de imprensa do prefeito de Vitória, João Coser (PT), está antenada com os avanços das redes sociais no Brasil. Ligou ontem para convidar o blog para a entrevista coletiva onde ele anunciou que não será candidato. Em Nova York, os blogs já são credenciados para coberturas como veículos de imprensa. Fica a dica!
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Realmente o Senador Casagrande tem feito um grande trabalho representando e atuando nas causas em prol do estado e também do país.
ResponderExcluirAcho que isso se traduz em intenções de votos que vemos nas pesquisas. Espero que independemente de sua candidatura continue assim e busque melhorar ainda mais...
Quem sabe outros não resolvem seguir o exemplo e começam a fazer algo realmente digno para nosso estado, para nosso país e acima de tudo que justifiquem com ações o salário e verbas que recebem rigorosamente em dia todos os meses.
Nada de quere castrar as pessoas, chupar sangue dos moribundos ou ficar enaltecendo os feitos de PH no congresso, deixando de lado o que é realmente importante: O POVO E SUAS NECESSIDADES.