O prefeito da Serra e presidente da Executiva estadual do PDT, Sérgio Vidigal, disputou as eleições de 2006 contra o governador Paulo Hartung e o vice-governador Ricardo Ferraço, ambos do PMDB.
Hoje, vê o seu até então adversário dizendo que o apoiaria em uma eventual candidatura ao governo. Mas quem acha que o pedetista se derrete por isso está muito enganado. Ele é uma velha raposa política, que consegue ser o prefeito com maior aprovação do Estado. Uma potente máquina nas urnas, que domina o segundo maior colégio eleitoral do Espírito Santo.
Muito surpreendeu a declaração de Hartung de que participaria de uma campanha de Vidigal, pois até então ele não declarou oficialmente apoio a Ferraço. Sobre essa aproximação do governador, o prefeito da Serra diz o seguinte:
“Nunca construímos um projeto juntos. A única coisa que eu acho é que para mudar de posição, tem que ser algo muito forte. A aproximação (com Hartung) é normal e natural, por eu ser prefeito. Não posso criar dificuldade. Com os governos de Victor Buaiz e José Inácio eu não tive problemas. Com Paulo Hartung também não tenho. A candidatura de Ricardo gerou essa aproximação”, conta Vidigal.
E uma coisa o pedetista deixa bem claro: “Não é aproximação política. É um relacionamento. Ele (Hartung) não tem compromisso comigo. Não vou ficar surpreso se ele estiver em outro palanque. Mas podemos nos aproximar, pois não temos problemas de ordem pessoal.”
Para quem não estava entendendo essa aproximação com o governador, Vidigal explicou. E a decisão de Hartung de sair da disputa eleitoral abriu uma vaga para o cargo de senador na chapa dos aliados, a qual o PDT alega ser sua por direito, pois o PMDB, PT e PR já estão contemplados em outras vagas.
O mercado está a todo vapor e até o dia 3 de abril, prazo limite para desincompatibilização, muita coisa pode acontecer. As negociações seguem intensas e eu de olho em tudo que acontece para trazer os bastidores da política para vocês. Comentem aí!
- Disputa I. Se o PT for colocar o nome do presidente do Bandes, Guerino Balestrassi (PV), na mesa de negociação pela vaga no Senado, o PDT vai querer apresentar o nome da deputada federal Rita Camata (PSDB).
- Disputa II. Vidigal pensa assim: “Nada contra, mas na mesa que estou sentado, o PV não sentou. Balestrassi é uma dívida do PT (prefeitura de Colatina) e não vão pagar com o meu capital.”
- Rótulo. A pré-candidatura de Ferraço ganhou uma definição inusitada no meio político: “overbooking”, que é quando há venda de passagens aéreas acima do número de assentos.
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Overbooking foi ótimo!
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