“Partidos aliados, lideranças, correligionários e solidários ao PMDB convidam parentes e amigos para a missa de 7° dia do sepultamento da pré-candidatura do vice-governador Ricardo Ferraço (PMDB) ao governo do Estado.” Esse é mais ou menos o anúncio que chegou por e-mail, de um colaborador identificado apenas como Eleitor Atento. Uma semana depois da reviravolta, o fantasma dela continua rondando o mercado político e deixando estragos sombrios.
Hoje faz exatamente uma semana que o governador Paulo Hartung (PMDB) convocou toda a imprensa para anunciar que Ferraço não era mais candidato ao governo e declarar seu apoio a pré-candidatura do senador Renato Casagrande (PSB).
De lá para cá, o cenário é de guerra. Há batalhas por espaços, por alianças, para manter conquistas ameaçadas, enfim, as negociações estão a todo vapor. Seja em reuniões oficiais ou secretas, a ordem é não sair do balcão.
O PMDB, aparentemente, é um dos partidos que mais tem sido assombrado no novo cenário. O partido perdeu dois nomes competitivos para disputar o governo e o Senado e agora ainda encontra dificuldades para se coligar até mesmo proporcionalmente, isso porque tem uma chapa de deputados considerada “pesada”, pois tem muita gente para reeleger.
O PT, que abriu mão de ter candidatura própria em favor de Ferraço, tinha a vaga de vice garantida, mas a frente da chapa governista “oficial”, o PSB já avisou que nesse novo quadro não tem reserva de espaço.
O PSB conversa também com o PDT, que pleiteia a vaga de vice e ainda exige o nome do senador Magno Malta (PR), na segunda cadeira da chapa na disputada pelo Senado. A primeira deverá ficar com Ferraço, caso ele venha mesmo disputar as eleições deste ano.
No entanto, PDT e PR têm se aproximado cada vez mais da chapa tucana do deputado federal Luiz Paulo Vellozo Lucas. As últimas conversas dão conta que as siglas estão apenas aguardando a liberação das Executivas nacionais de seus partidos, pelo fato de estarem no palanque de Dilma Rousseff (PT) e terem que dividir, aqui no Estado, um com José Serra (PSDB).
Sem muita participação nas negociações de cúpula que terminaram com o terremoto que atingiu o mercado político capixaba, agora as bancadas do PMDB pressionam a Executiva estadual para que consiga uma solução que pelo menos garanta a reeleição dos deputados estaduais e federais. Enquanto isso, tem muita gente acendendo velas para todos os santos.
- Repúdio. O presidente da comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa e líder do DEM, deputado Atayde Armani, não gostou do programa de governo apresentando pelo PSB na última sexta-feira.
- Repúdio II. “Eles listaram 10 prioridades para o futuro governo e com tristeza e repúdio, em momento nenhum eu vi colocado a questão da agricultura. Nos últimos anos a agricultura foi quem sustentou esse Estado”, criticou.
- Mão na massa. Depois de sete dias afastado do Palácio da Fonte Grande e sem despachar por lá, o vice-governador Ricardo Ferraço (PMDB) deu sinais de que deve começar a voltar para sua rotina.
- Mão na massa II. Hoje pela manhã, em seu Twitter, ele anunciou uma agenda que, até ondem de noite, nem sua assessoria tinha conhecimento.
- Humor. A parte de um filme sobre Hitler que já serviu de base para inúmeras paródias no YouTube ganhou sua versão capixaba. Ela foi postada no dia em que Hartung declarou apoio a Casagrande, na semana passada, e até hoje pela manhã já contava com cerca de 2.300 exibições.
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ResponderExcluiraê! agora sim!
ResponderExcluirtá assinado.