segunda-feira, 12 de julho de 2010

Cabos eleitorais pagos com dinheiro público

De dois em dois anos há eleições e a história se repete: servidores públicos que ocupam cargos comissionados no Poder Legislativo, seja municipal ou estadual, são obrigados a trabalhar para tentar eleger seus chefes. Na Assembleia Legislativa, por conta da implantação do ponto biométrico, alguns funcionários estão sendo obrigados a exercerem duas funções, mesmo recebendo um único salário, em uma espécie de “rachid eleitoral”.

Ao contrário do tradicional rachid, no qual servidores têm que dividir seus salários com os parlamentares ou com outros trabalhadores não nomeados em um órgão público, no caso do rachid eleitoral, eles têm um único salário, mas são obrigados a exercerem duas funções.

No caso específico da Assembleia, antes de existir o ponto biométrico, muitos dos funcionários nomeados para trabalhar nos gabinetes ficavam nas bases eleitorais dos deputados, enquanto aqueles contratados para atuar na Mesa Diretora, sob suas indicações, faziam o trabalho nos gabinetes.

No entanto, desde que a entrada e saída dos servidores começaram a ser controladas por meio de suas digitais, os servidores tiveram que voltar a atuar nos diversos setores da Mesa, inclusive nas comissões.

No entanto, alguns deles contam que têm que fazer o serviço para o qual foi nomeado e ainda arranjar tempo para dar conta dos “trabalhos” que eram acostumados a fazer nos gabinetes, que muitas vezes nada têm a ver com a atividade legislativa, ainda mais em ano eleitoral. Na verdade, têm quem atuar como cabos eleitorais.

Há quem diga que a Direção da Casa não tem conhecimento, mas também há quem acredite que faz vista grossa. Pelo sim ou pelo não, parece que o Ministério Público já está de olho, até porque, os 18 funcionários que cada um dos 30 deputados pode nomear em seus gabinetes, não são obrigados a baterem o ponto na Assembleia.

Nota Verde

O Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) realiza hoje o III Ciclo de Saberes do Projeto Escola Comunidade Ambiente e Responsabilidade (Ecoar), a partir das 9h30, no auditório da Câmara de Vereadores, no centro de Anchieta.

Este será o último encontro do III Ciclo, que leva palestras sobre temas específicos de meio ambiente e sustentabilidade para professores e gestores com o objetivo de orientar e enriquecer a Gestão e a Educação Ambiental. A reunião envolverá a Ecoárea Guanandy, composta pelos municípios de Piúma, Anchieta, Itapemirim, Marataízes e Presidente Kennedy.

Transparência

A Associação Contas Abertas lançará na próxima quarta-feira, em Brasília, o Índice de Transparência dos Estados e do Executivo Federal, com a divulgação do ranking sobre os portais mantidos pelos governos para informar a sociedade sobre a execução dos orçamentos públicos.

Os critérios de avaliação utilizados para calcular os indicadores foram formulados por especialistas e entidades que lutam pela ampliação do controle social sobre os recursos orçamentários no Brasil. Vamos ver como o Espírito Santo vai se sair.

Política nas Redes Sociais

Os candidatos ainda não aprenderam mesmo a usar as redes sociais em benefício próprio para as eleições deste ano. Poucos já mudaram seus avatares e inseriram seus números no Twitter, por exemplo.

Saiu na frente a equipe de marketing do candidato ao governo do Estado e deputado federal Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), que criou um jogo via microblog envolvendo a escolha do seu vice e reuniu twitteiros para um almoço em sua casa. Essa estratégia (games) já é usada por muitas empresas.

Quer receber as atualizações desse blog todos os dias por e-mail? Então envie uma solicitação para fernandomendes.fm@gmail.com.

Siga-me também no Twitter!

Atenção: Os comentários postados por internautas aqui não refletem as opiniões do autor deste blog. Textos que contenham termos pejorativos de qualquer natureza não serão publicados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário