quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Mudança nas tradições do Judiciário

Abalados pela Operação Naufrágio e pela inspeção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que abriram a caixa preta mais vedada que existia entre os Poderes do Espírito Santo, segundo alguns advogados, os magistrados estão sendo obrigados a mudarem algumas de suas tradições. Uma delas diz respeito aos ritos eleitorais.

O burburinho entre os profissionais da advocacia que frequentam diariamente os corredores no Judiciário é intenso a pouco mais de 30 dias da eleição do novo presidente do Tribunal de Justiça e do Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TJ-ES e TRE-ES).

Os comentários dão conta de que os sinais já começaram a aparecer na não recondução do jurista Aroldo Limonge para o cargo de juiz eleitoral para os próximos dois anos, como aconteceu com os advogados Flávio Cheim Jorge e Gustavo Varella, que permaneceram por quatro anos.

Para o seu lugar, foi nomeado o subprocurador-geral do Estado, Rodrigo Júdice, irmão do juiz federal afastado Macário Júdice. Mas a maior mudança que se cogita será na eleição para a presidência do TJ-ES.

O “natural”, como dizem os advogados, seria uma chapa encabeçada pelo desembargador Manoel Alves Rabelo (foto ao lado), com Arnaldo Santos Souza de vice e Sérgio Luiz Teixeira da Gama (foto de cima) na Corregedoria Geral da Justiça (CGJ).

Mas nas conversas de bastidores, as informações são de que Gama passará para a posição de presidente, ficando a vaga da Corregedoria em aberto. Isso porque Manoel passou a responder processo administrativo no CNJ. E depois de tantas denúncias para todos os lados, o que ninguém mais quer naquele órgão é desgaste. É aguardar para ver no que vai dar. E você, já ouviu algo sobre o assunto? Conte aí nos comentários, vamos debater.


  • Português I. E nada passa longe dos olhos de alguns advogados. Em meio às centenas de páginas da edição do Diário da Justiça desta quarta-feira, na folha 47, eles encontraram um erro de Português.
  • Português II. Na publicação de um ato da Quarta Câmara Cível estava escrito “à EXCESSÃO do recurso”. O correto é exceção, com “Ç”. Fica a dica!
  • Corte. A mesma edição da publicação do Judiciário trouxe também uma resolução que proíbe os magistrados de utilizarem os carros oficiais fora do horário de trabalho.
  • Garagem. A partir de agora, eles vão ficar guardados na garagem do TJ-ES. Na última sessão do pleno houve divergência entre os desembargadores a respeito dessa determinação do CNJ.

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