sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Socialistas confortáveis


Diferente do que o mercado político capixaba chegou a especular sobre a saída do PSB da equipe do governador Paulo Hartung (PMDB), os secretários socialistas Audifax Barcelos (Economia e Planejamento) e Paulo Foletto (Ciência e Tecnologia) desfrutam de posições bem confortáveis no governo.

Nos bastidores do Palácio Anchieta, ambos são vistos como homens de confiança do governo. Audifax está à frente da organização do Seminário de Planejamento Estratégico do Estado para 2010, que foi antecipado para o próximo dia 30, para que não fosse contaminado pelo período eleitoral, ainda que ele já esteja a todo vapor.

E parece que o aquecimento global chegou à Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia, rotulada de "Sibéria" e "geladeira", devido aos pequenos orçamentos que sempre carregava e a pouca capilaridade.

Mas para Foletto existe um novo Espírito Santo. Com programas que oferecem bolsas de estudos para jovens em faculdades particulares e outros investimentos, ele tem reunido até 1.000 pessoas nos encontros que vêm realizando no interior do Estado.

Ao que tudo indica, Audifax e Foletto deverão continuar na equipe de Hartung até chegar a data de desincompatibilização para serem candidatos nas eleições de 2010. Enquanto isso, o PSB continua trabalhando a pré-candidatura ao governo do Estado do senador Renato Casagrande (PSB) e o PMDB, a do vice-governador Ricardo Ferraço (PMDB).

  • Indenização. O desembargador convocado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) Honildo Amaral de Mello Castro negou recurso do ex-presidente da Assembleia Legislativa José Carlos Gratz (PSL) que pretendia receber do promotor Fabio Vello Correa e do jornal A Gazeta indenização por danos morais no valor de R$ 50 mil, decorrentes de uma entrevista publicada no jornal.
  • Motivo. Em 19 de março de 2004, A Gazeta publicou uma entrevista com o promotor Fabio Vello sobre as investigações e denúncias contra Gratz intitulada “Dossiê do bingo liga Gratz a comendador - Relatório do Ministério Público recoloca ex-deputado como suspeito de comandar organização criminosa.”
  • Decisão. A decisão do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES) entendeu que a entrevista veiculada não imprimiu juízo de valor quanto aos fatos narrados: “Não ficou caracterizado o dano moral quando a matéria apresenta-se apenas como manifestação das críticas a que estão sujeitos todos que exercem um cargo político e que tem por obrigação a prestação de contas de suas gestões”.
  • Exclusiva. Leiam na edição desta sexta-feira do jornal A Tribuna, os planos de Hartung para os royalties do petróleo da camada pré-sal, que vão começar a ser pagos após o início da produção, em meados de 2018.

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4 comentários:

  1. Impressionante como políticos são todos iguais. E até tempos atrás, Audifax era voz da oposição. Faz falta na oposição, pois ele era uma oposição inteligente, diferente dos Maxs, que eram oposição radical e com isso, conseguiram continuar o afundando Vila Velha.
    Mas preferiria Audifax fora do governo, do que calado, submisso aos mandos de nosso Deus capixaba.

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  2. Pré-sal... o estado só cresce, mas não desenvolve. Não vejo melhorias significativas na educação, saúde, segurança, pra onde vai o dinheiro que a toda hora Hartung diz que o ES tá "recebendo"???
    É um absurdo, uma metropole ter praticamente dois hospitais público estadual, e olhe lá, pois cada um é pior que outro. O São Lucas, nem da pra chamar de Hospital, é um protótipo...
    Cadeias superlotadas, escolas com ensino onde o professor é OBRIGADO A APROVAR O ALUNO, já fui professor e sei como funciona, reprovei um aluno e fui expulso da escola. Assim funciona, só numeros na mídia.

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  3. Gratz? Não que ele seja santo, longe disso, mas às vezes sinto pena pela forma com que o homem foi demonizado pela mídia e como falam besteira do homem com H maiúsculo.

    Não vou entrar no mérito do que ele tenha feito ou deixado de fazer, do que tenha ‘pego’ ou deixado de ‘panhar’ o fato é que até hoje só pesa contra ele uma única condenação, a de ter mandando asfaltar uma rua em Vila Velha. Não fosse por isso talvez a realidade da Assembléia fosse totalmente diferente.

    Não preciso recordar a ninguém que mesmo após a eleição do Gov. a primeira eleição da mesa na Assembléia foi costurada pela turma do Gratz com o ex-deputado Geovane na presidência (dizem que ele não sabia de nada). Com apoio da maioria daqueles senhores que foram deputados na legislatura passada, incluindo aí nossa colega Sueli Vidigal e tantos outros paladinos da moralidade que vivem criticando o Gratz.

    Só depois já no final é que apareceu uma oficial de justiça metida a besta querendo invadir o plenário (me pergunto se a nobre oficial fugiu suas aulas de constitucional na faculdade para desconhecer que o plenário do legislativo é INVIOLAVÉL, isto é, ninguém pode entrar lá quem não seja parlamentar ou então que seja convidado a entrar por algum parlamentar). E aí temos o Gov. através de decisão judicial suspendendo o mandado de vários deputados e anulando a eleição do Geovane na presidência, inclusive, na época um dos afastados é o atual vice líder de governo.

    E aí bom, elegeram o Vereza e posteriormente veio o Cesar Conalgo dando tombo na Mariazinha... Depois Guerino Zanon e agora Elcio Alvares.

    A questão é. Não somos todos farinhas do mesmo moinho? Pois não fosse aquela decisão teríamos uma sobrevida da Era Gratz no Domingos Martins.

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  4. Apenas para que não fiquem dúvidas, o meu comentário anterior está longe de ser de apologia ao Gratz, apenas não acho justo deixar que lobos vistam pele de cordeiro.

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