sexta-feira, 25 de junho de 2010

O recuo tucano

O relógio marcava 12h07, ontem, quando a caixa postal do meu e-mail sinalizava que havia chegado uma nova mensagem. O texto, de autoria de um assessor do PSDB, informava que a Executiva estadual tinha acabado de decidir ajuizar uma representação contra o senador Renato Casagrande (PSB) “por propaganda ilegal antecipada ao pedir voto em reunião com primeiro e segundo escalão do governo.” Mas tudo não passou de uma reação explosiva. Os tucanos recuaram e, com o cair da tarde, o fogo se apagou.

Dei a notícia em primeira mão via Twitter. Minutos depois o vice-prefeito de Viana, Carlos Lopes (PSB), começou a criticar a decisão dos tucanos. Não demorou muito para que o presidente do PSDB de Vitória, Luiz Emanuel, também começasse a comentar a informação, causando mais polêmica. “A meu juízo, o senador Casagrande cometeu crime eleitoral”, escreveu o tucano. Outros internautas também entraram no debate.

Uma fonte, que participou da reunião, disse que a assessoria jurídica do partido em Brasília chegou a ser consultada e orientou que a representação deveria ser feita pela equipe de campanha e não pelo partido, pois já se tratava de uma questão eleitoral. “Segundo entendimento da assessoria jurídica, os candidatos só podem pedir votos a partir do dia 5 de julho”, contou.

Os tucanos também acusavam o vice-governador Ricardo Ferraço (PMDB) de usar a máquina pública para pedir votos, uma vez que o encontro era com servidores comissionados do governo do Estado.

No entanto, toda irritação tucana com a reunião de Casagrande e Ferraço com os servidores públicos, na noite da última quarta-feira, parece ter sido abafada por Cézar Vasquez, coordenador político da campanha do deputado federal Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) ao governo.

E acabou que, no final das contas, Luiz Paulo, que nem participou da reunião que havia decidido denunciar Casagrande, resolveu apenas comentar o assunto em seu blog. “Nossa campanha não decidiu nem planejou questionar judicialmente a realização da reunião. Fomos informados sobre isso pela imprensa”, escreveu o tucano.

Mesmo assim, o deputado disse que está vigilante. “Estaremos apenas vigilantes em relação ao uso da máquina administrativa durante o processo eleitoral”, alertou.

Diante da repercussão do caso no Twitter, a assessoria de Casagrande me ligou para dar sua versão dos fatos que estavam sendo comentados e debatidos na rede de microblogs. Ressaltou que não foi distribuído nenhum material de campanha aos participantes do encontro.

A assessoria do senador também informou que não foi utilizada estrutura pública para promover o evento. Alegou que a reunião foi apenas para que o socialista conversasse com os servidores, assim como tem feito com outros setores da sociedade, e que em momento algum a lei eleitoral foi infringida.

Nota Verde

Foi dada posse, na noite de ontem, ao Conselho Consultivo do Parque Estadual da Pedra Azul (Pepaz), eleitos em maio deste ano. Com isso, pela primeira vez, a comunidade do entorno estará oficialmente envolvida nas discussões que envolvem decisões tais o tipo de uso público (entre eles a prática de esportes de aventura) e de instalação imobiliárias na região a serem permitidos no parque e seu entorno.

O primeiro encontro de Gratz com a lei da Ficha Limpa

O ex-presidente da Assembleia Legislativa José Carlos Gratz (PSL) voltou a ocupar o noticiário nacional na noite de ontem. A capa do portal G1 trazia como a principal notícia, que ele foi o primeiro a entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a Lei da Ficha Limpa.

O Twitter da Corte já anunciava: “Político capixaba pede não aplicação da Lei da Ficha Limpa a sua candidatura. Mais detalhes em instantes.” Os advogados de Gratz, que teve seu mandato cassado em 2002, ajuizaram um mandado de segurança, no qual pedem que seja reconhecido seu direito líquido e certo de participar de convenções partidárias e de ter seu pedido de registro de candidatura deferido.

No mandado de segurança, é pedida liminar para suspender os efeitos do entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no sentido de que a Lei da Ficha Limpa (LC nº 135/2010) aplica-se às eleições deste ano. A defesa pede que seja expedido ofício ao TRE do Espírito Santo para que Gratz não seja impedido de participar do processo eleitoral.

O ministro-relator Dias Toffoli determinou que o questionamento fosse encaminhado para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para que o órgão proceda com o julgamento do pedido.

Política nas Redes Sociais

Hoje essa nota vai para aqueles que se acham espertinhos. Os eleitores das redes sociais estão de olho em todos os seus movimentos. Fiquem atentos!






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